Music & Bed
"...Um concerto fantástico
uma noite especial..."
Entradas para o concerto + uma noite em Hotel para duas pessoas
Ballister
O conceito de power trio é originário do rock, mas este grupo sediado em Chicago (Nilssen-Love pode ser norueguês, mas é um cúmplice da cena local da Windy City) adopta por inteiro a sua energia e ao fazê-lo adapta a configuração guitarra-baixo-bateria para a realidade do jazz. À frente está não um guitarrista, mas Dave Rempis e os seus saxofones, alguém que, não por coincidência, é um dos programadores de um dos mais importantes eventos do rock indie, o Pitchfork Music Festival. As funções da guitarra e do baixo estão a cargo do violoncelista Fred Lonberg-Holm, e se bem que este seja o único a recorrer à electricidade, o que faz com a dita chega e sobeja para as ilações roqueiras. A bateria está, por sua vez, entregue a um homem, Paal Nilssen-Love, para quem free jazz e free rock não são, propriamente, abordagens distintas, como temos ouvido na principal banda de que faz parte, The Thing. A formação instrumental dos Ballister é também herdeira dos trios de hard bop inaugurados por Sonny Rollins, apenas com a substituição do contrabaixo, essa outra referência misturando-se com a ideia de vanguarda enraizada na tradição de um Julius Hemphill, sobretudo na fase em que este integrou um violoncelo, o de Abdul Wadud, nos seus parâmetros composicionais, e com o melhor que os equacionamentos do jazz com o rock (e com o funk, um padrão sempre vivo no que respeita aos preceitos groovy) ofereceram no passado, do Miles Davis eléctrico aos Prime Time de Ornette Coleman. Com tal “bagagem”, a música destes Ballister só podia ser o que é: livre, barulhenta e agressiva, com rítmicas desestruturadas, mas invasivas, e surpreendentes interjeições melódicas irrompendo pelo magma sonoro quando nada o faria supor. Uma música muito física, mas com um “sentido de descoberta” (expressão utilizada pela revista "Downbeat" a propósito do álbum "Mechanisms") que revela todo um posicionamento intelectual – o de abrir caminho sem nada renegar do passado. Por isso mesmo, esta é a new school do jazz que continua orgulhosamente a "old school".
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